terça-feira, 17 de julho de 2012

TEX PRESENTE NA CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA





No dia 28 de junho, pelas 18:00h, o grupo de teatro TEX, apresentou a peça O Velho de Horta, uma adaptação da peça de Gil Vicente, no Largo da Igreja de S. Francisco, no âmbito do projeto Aqui Nasceu Portugal, a convite da Tempos Cruzados – programa associativo, área da programação oficial de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, sendo a cenografia da responsabilidade de Luís Taklim, aluno da ESAP – Guimarães. A representação, que foi mais uma prova da excelência dos nossos alunos, esteve a cargo da Elinete Megda, ficando aqui o agradecimento pela disponibilidade e profissionalismo com que ensaia os nossos jovens.
No dia 6 de julho, pelas 21:30, o grupo apresentou, pela última vez, a peça em questão, na Associação Trovadores do Cano.
Prevê-se que a peça possa ser representada nas escolas do concelho, no início do próximo ano letivo.

TEX participa no II Festival de Teatro Santos Simões com “O velho da horta”


O velho da Horta, Gil Vicente

À semelhança do ano letivo anterior, o grupo de teatro da Escola Secundária Francisco de Holanda – TEX (Teatro Experimental da Xico) participou em mais um festival de teatro promovido pela Escola Santos Simões, que teve lugar nos dias 20 e 21 de abril, no auditório da Universidade do Minho, e que contou com a participação de várias escolas. O nosso grupo levou à cena uma adaptação da peça de Gil Vicente, “O velho da horta”, encenado por Elinete Megda, que tem acompanhado e orientado estes jovens ao longo do seu percurso teatral, sempre com rigor e profissionalismo, adaptando, muitas vezes, o horário dos ensaios às necessidades do grupo que encena.
Os nossos jovens chegaram e encantaram, mostrando-se o exemplo do que é Viver a Escola, enquanto alunos que não se satisfazem com uma visão de escola que contemple apenas as aulas, as notas, a faculdade. São o exemplo, mais uma vez, de que a Escola é muito mais…e quando o sonho comanda a vida…tudo se torna possível! A sua saída para o ensino superior está próxima e a equipa da biblioteca não pode deixá-los sair sem um agradecimento público, pelo exemplo que são, pelo empenho com que trabalham, pelo seu sorriso, mesmo quando estão cansados e sobrecarregados de trabalho, pois a concretização dos seus projetos de vida implicam muito estudo e dedicação. Felicidades e sucesso para o futuro destes jovens, que ainda vamos ter o prazer de ver representar novamente “O velho da horta” em junho, no âmbito do projeto “Tempos Cruzados”.
                                                 A equipa da biblioteca    



Martinho Torres: o escritor que criou o conceito de livro-objeto


      Fui recusado por muitas editoras, mas não desanimei. Agora, vejo o meu sonho realizado.”, referiu o escritor de pseudónimo Richard Towers, na visita à nossa escola do dia 23 de abril. Mas, comecemos pelo início. A convite da equipa da biblioteca, o autor Martinho Torres esteve à conversa com as turmas 12ºCT2 e 10ºTSE, ao longo de uma hora e meia, repleta tanto de literatura como de música. Acompanhado da sua guitarra, o escritor veio divulgar o seu projeto inovador de livros-objeto, que conta já com um ano de vida, tal como tem vindo a fazer por escolas de norte a sul do país.
Com uma figura simples, mas simpática, Martinho começou por se apresentar, dando-nos a conhecer um pouco do seu percurso de vida. Contou-nos que foi professor de Português e Francês, tendo lecionado durante alguns anos, porém, no final de contas, a sua vocação de artista falou mais alto. Dedicou grande parte da sua vida à música, mas a escrita é a sua atual ocupação, tendo já publicado três livros. O convidado revelou-nos que, no início da sua carreira como escritor, pensou em criar um livro-CD, ou seja, editar um disco com faixas alusivas a cada capítulo de um livro. No entanto, apesar de ter apresentado esta ideia a várias editoras, todas consideraram que seria comercialmente inviável, pelo que a rejeitaram. Ainda que este projeto tenha ficado por cumprir, o escritor não baixou os braços e, após algum tempo, criou a sua própria editora, a Neoma Produções, que, por agora, serve de base ao seu projeto de livros-objeto. Mas, afinal, o que são os livros-objeto?
Os livros-objeto não são mais do que um livro incorporado num objeto do quotidiano, como um relógio, um espelho ou, até mesmo, um tabuleiro de xadrez. A originalidade deste tipo de livro ultrapassa o simples ato de ler, proporcionando ao leitor a oportunidade de o aplicar noutras situações do dia a dia, podendo pendurar o seu livro-relógio na parede da sala ou jogar uma partida de xadrez com os seus amigos no livro-tabuleiro. Estando nós a atravessar uma altura de crise, o escritor viu nesta iniciativa uma forma de cativar cada vez mais pessoas a comprar livros e, consequentemente, de as motivar para a leitura, mostrando que é possível combinar num só objeto dois aspetos: prazer e utilidade. O mais interessante de tudo isto é que a história de cada livro se baseia no respetivo objeto que o acompanha e, de modo a comprová-lo, Richard Towers apresentou-nos alguns excertos das mesmas, pedindo a colaboração de alguns alunos que assistiam à apresentação para os lerem em voz alta enquanto os acompanhava tocando diferentes melodias e ritmos com a sua guitarra.
Ao longo da conversa, a criatividade deste artista foi-se tornando cada vez mais evidente, tendo-nos fascinado com as suas histórias e, acima de tudo, com a sua força de vontade, que fez com que não desistisse de realizar os seus sonhos, que agora vê concretizarem-se. A mensagem que este escritor nos transmitiu foi, sem dúvida, inspiradora: acreditar que tudo é possível e, por muitas que possam ser as desilusões e os obstáculos que encontremos, existirão sempre outros caminhos que nos permitirão chegar ao topo, alcançar o nosso fim. Foi exatamente o que ele fez. Percebendo a dificuldade que estava a ter em levar a sua ideia avante em Portugal, procurou fazê-lo no estrangeiro, em países como a Alemanha, que o receberam de braços abertos e o ajudaram a construir o sucesso que hoje tem. Assim, levando o nome do nosso país além-fronteiras e defendendo que existem muito boas ideias por terras lusas, uma dúvida pairava, contudo, na mente dos alunos. Porque teria Martinho Torres adoptado um pseudónimo em inglês? Não tendo conseguido apoios para o seu projeto em Portugal, o escritor acabou por confessar que, ao exibi-lo no estrangeiro, optou por escolher um pseudónimo inglês, uma vez que sentiu algum preconceito contra os portugueses, o que diminuiria a probabilidade de a sua ideia ser valorizada e alvo de investimento. A verdade é que, no final das contas, os seus livros-objeto, únicos no mundo, foram muito bem recebidos noutros mercados, estando já Martinho a negociar a sua comercialização, por exemplo, no Brasil e nos Estados Unidos, e a preparar a publicação de mais.
No final da sessão, os alunos demonstraram-se agradados com o que tinham assistido e surpreendidos com a originalidade e capacidade empreendedora de Martinho Torres. As turmas tiveram, ainda, a possibilidade de adquirir um livro autografado pelo próprio Richard Towers. Por fim, o que é facto é que nunca tínhamos sequer imaginado ver o nosso reflexo num livro cuja capa tem um espelho integrado ou estar a ler uma obra que possui um relógio funcional. Martinho soube, por isso, olhar para onde nunca ninguém tinha olhado, criar algo que nunca ninguém antes criara. Foi esse ver mais além e essa capacidade de persistência que o levaram a concretizar o seu sonho, um sonho que partilhou agradavelmente connosco na biblioteca da nossa escola.


Ana Catarina Ferreira, Ana Cláudia Novais, Joana Luís e Sandra Mendes
12ºCT2
maio de 2012



Semana da leitura


                    
Este ano, a Semana da Leitura prolongou as suas atividades para além da data prevista (17 de abril a 4 de maio).

Recebemos, no dia 17 de abril, no âmbito do projeto “Aqui nasceu Portugal”, Hélder Costa, ator, dramaturgo e escritor português, que falou aos nossos jovens sobre a importância do teatro na escola, como complemento à formação do aluno enquanto cidadão, que participa ativamente na vida da escola. Desafiou alunos e professores a participarem em alguns jogos para concluir que o teatro envolve saberes como a música, a poesia, a imitação, ou seja, desenvolve no ser humano múltiplas competências, exigindo uma grande variedade de saberes.


 

O dia vinte e um foi dedicado ao grupo de teatro, que representou “O velho da horta”, na UM. Em simultâneo esteve patente, na biblioteca da escola, uma exposição que dava a conhecer o que tem sido o trabalho do grupo.




 A biblioteca junta-se à comemoração dos 200 anos de Charles Dickens


Na biblioteca esteve patente, até ao dia 10 de maio a exposição relativa à sociedade vitoriana, à vida e às obras de Dickens.
Para além disso, foram passados dois filmes “Grandes Expectativas” e “Oliver Twist”, para os alunos do ensino noturno. No dia 10, integrado no Clube de Cidadania, da responsabilidade da professora Anabela Lopes, a trabalhar no CNO (Centro de Novas Oportunidades) com quem a biblioteca tem cooperado, realizou-se um debate sobre as condições de vida no século XIX, retratadas nas obras de Dickens e nas suas adaptações para o cinema. O debate centrou-se no filme “Oliver Twist” e foi extremamente enriquecedor, pois aos elementos que habitualmente frequentam o clube, juntou-se a turma do 12º ADM (curso EFA), da professora Cristina Tomé. Um serão cultural que fica na memória dos presentes e que, esperámos, se possa repetir.

Ainda no âmbito da Semana da Leitura, o professor Salgado de Almeida foi o orador, no dia 9 de maio, de uma palestra em torno da obra do artista Santiago Sierra (n. 1966, Madrid, vive no México).
A referida sessão foi a primeira do ciclo “Traz outro amigo também” e não podia ter corrido melhor. De forma informal, mas rigorosa, o professor João Salgado conduziu a palestra tentando captar a atenção dos presentes para o complexo, mas estimulante percurso criativo do autor espanhol. Para além da contextualização da obra do autor, que aborda no seu heterodoxo trabalho artístico as questões das relações de poder (e o seu exercício) na sociedade contemporânea, também foram lidos – muito bem lidos – pelos alunos presentes, poemas de vários autores que, na sua diferença criativa, se tornam vozes comunicantes com as questões levantadas pelo trabalho multidisciplinar de Santiago Sierra.
Ficamos ansiosamente à espera de mais “desassossegos” destes.

  Fotograma do trabalho de Santiago Sierra “enterramento de 10 operários”.


Um dos poemas lidos pelos alunos durante a sessão:
antonio orihuela / em vista do teu currículo 

A condição política da classe operária está ligada à sua condição económica; e sendo a sua condição económica a de escravos do capital e dos poderes, a sua condição política tem de ser também a de escravos.
Juan Cordobés, 1885

Em vista do teu currículo
decidimos
ficar contigo.

Entrarás por quinze dias renováveis,
e se fores bom, por três meses
prorrogáveis.

Ao princípio constarás na relação como auxiliar administrativo,
embora te devam ter dito que o que se reforma
é o contabilista.

Vamos contratar-te por quatro horas,
mas não te preocupes, trabalharás oito.
Dada a situação da empresa
pagar-te-emos essas à parte.
No total: 62.700 ptas. por mês,
embora os teus colegas, para completar,
façam três horas mais todas as tardes,
e vêm aos sábados meio dia.
Entre umas e outras coisas
passas das cem mil.

Bom, se não estiveres metido em política,
não queremos confusões com os sindicatos
nem trabalhadores conflituosos.
Ouviste o que Aznar disse
que faz falta para levantar este país, não?
Trabalho, Sacrifício e Tolerância.

Belo, não é?
in poesia espanhola anos 90 -  trad. joaquim manuel Magalhães -  relógio d´água-  2000

Exposição sobre o 25 de abril e Zeca Afonso

Esteve, também patente uma exposição que resultou do trabalho dos alunos do professor Salgado de Almeida, sobre o 25 de abril de 1974, à qual se juntou a biblioteca com um tributo a Zeca Afonso, tendo contado com a colaboração de um grupo de jovens do 10º AV2 que, com a diretora de turma, professora Isabel Silva, apresentaram alguns trabalhos sobre Zeca Afonso, para deles se puderem fazer alguns postais. Os trabalhos revelam o empenho e a dedicação destas jovens.


A formação foi, também uma preocupação da biblioteca. Assim, o engenheiro João Silva Pereira, desafiado pela coordenadora da biblioteca, dedicou duas sessões de trabalho à “Literacia digital: pesquisa, organização e apresentação da informação”, (a primeira no dia 26 de abril e a segunda no dia 9 de maio) tendo trabalhado com a turma 10 TSE. Pretende-se que esta formação seja o ponto de partida para que esta turma comece a trabalhar com as novas ferramentas digitais, sabendo tirar o máximo partido das mesmas e, sobretudo, adquirindo as bases para trabalhar com o Google docs, desenvolvendo o trabalho colaborativo. A passagem à prática do que foi transmitido nestas sessões, será efetivada na disciplina de português, professora Manuela Paredes, que acompanhou a turma.



segunda-feira, 16 de julho de 2012

TEX - "O Rei da Vela"


O grupo de Teatro Experimental da Xico trouxe-nos uma última vez o “Rei da Vela”

 
O grupo de teatro da nossa escola – TEX – representou, uma última vez, uma adaptação da peça  “ O Rei da Vela” de Osvaldo de Andrade, desta vez, numa versão diferente da apresentada no festival de Teatro, que decorreu na Universidade do Minho e na ASMAV, no ano letivo anterior. As personagens mudaram, a essência do texto e a sua mensagem mantiveram-se. A última apresentação da peça teve lugar no dia 6 de janeiro, no auditório da nossa escola, deliciando os nossos alunos/colegas dos atores com uma atuação original, mostrando ser um exemplo para a comunidade. Estes jovens, orientados pela encenadora Elinete Megda, são o exemplo que “o sonho comanda a vida” e que a Escola vai muito para além das aulas e do estudo académico.


     O grupo prepara-se, agora, para participar na Capital Europeia da Cultura, com a peça “O velho da Horta” de Gil Vicente, tendo já reunido com o tão conhecido encenador Hélder Costa, do grupo “A Barraca”, que esteve a partilhar a sua experiência com os nossos jovens.

     O grupo encontra-se recetivo em receber outros colegas que gostem do teatro e que vejam a Escola como um espaço de formação e enriquecimento enquanto pessoas e futuros profissionais.




                                                                                           A equipa da biblioteca

Projeto "Tempos Cruzados"


TEX  e AQUI NASCEU GIL VICENTE

No âmbito do projeto AQUI NASCEU PORTUGAL, da responsabilidade da equipa Tempos Cruzados – Programa Associativo (área de programação de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura) o grupo de teatro da nossa escola – TEX – irá apresentar aos vimaranenses uma adaptação do auto “O Velho da Horta”, de Gil Vicente, no dia 28 de junho, pelas 18h00, no Jardim da Alameda. Eis mais uma participação dos nossos jovens atores, que tão bem têm representado a sua Escola. Um grande orgulho da parte da sua encenadora, Elinete Megda, e da coordenadora da biblioteca, Manuela Paredes, que mais de perto acompanham o trabalho diário destes jovens. Certamente, o orgulho de toda a comunidade escolar que representam.

                                                                  A equipa da biblioteca

Concurso DN Escolas


Fado: A alma de um povo


Reconhecido como património Imaterial da Humanidade e após ter surgido na rua em meados do século XIX, o fado senta-se agora à mesa. Mas afinal o que representa o fado?

A resposta acabará por incidir no modo como cada um vê a realidade que o rodeia e será, portanto, apenas e só uma questão de perspetiva pessoal. Para muitos, fado é sinónimo de emoção, nostalgia, vida, destino ou até sofrimento. Começou por ser alguém que saía à rua, cantava e improvisava, ao som da guitarra Portuguesa. Já foi voz de protesto, já foi poemas marcados pelo vermelho da censura, de um país tão remoto do actual.

Caracterizado pela sua dolência e melancolia, a mais popular das canções urbanas, habitualmente transmitida de boca em boca, permanece curiosamente intacta até aos nossos dias.

O fado é, atualmente, um símbolo, mundialmente reconhecido de Portugal, que desde há muitos anos é representado no Estrangeiro, por artistas como Mariza, permitindo levar a língua Portuguesa aos quatro cantos do mundo. É caso para todos nós nos levantarmos num enorme aplauso. Ó meu fado, mas será esta distinção suficiente para atenuar o tão conhecido pessimismo português?

 Biografia

Nascida a 16 de Dezembro de 1973 em Moçambique, Mariza dos Reis Nunes, é uma das mais prestigiadas fadistas Portuguesas. Apesar de ter nascido em terras africanas, cedo se mudou para Portugal, mais concretamente para a Mouraria, o que permitiu que se envolvesse desde logo no mundo do fado. Detentora de uma voz inconfundível Mariza conta já com cinco álbuns, um DVD e inúmeras digressões pelo mundo.           

                                                                                         Adriana Ribeiro, Cláudia Cunha, Joana Bernardino

Ruptura do Conceito Árabe

As manifestações e protestos que definem a «Primavera Árabe» tem vindo a mudar o rumo de um povo revoltado face a décadas de opressão e falta de liberdade exercidas por regimes corruptos, e autoritários. Embora os ideais de justiça e igualdade que alimentam esta onda revolucionária sejam válidos, o recurso às mesmas armas utilizadas pelo poder instituído anula a nobreza deste acto. Os protestos de índole social, motivadospelo crescimento do desemprego e consequenteperda do poder de compra, tiverem origem na Tunísia e Ben Ali e desencadearam um «efeito dominó» cujo fim é ainda imprevisível. Em território iemenita, este efeito fez-se soar sobretudo na voz de Tawakel Karman, o que lhe fez merecer o Prémio Nobel da Paz. O novo conceito de vida que só a globalização permitiu conhecer, inspirou uma multidão que até aí ignorava aquilo que as fronteiras escondiam. A distância geográfica e cultural que separa o Ocidente do povo Árabenão impediu que as repercussões desta revolta se fizessem sentir em terras lusitanas.

A “Primavera Árabe” tornou-se, de facto, um título comum na imprensa nacional, tendo sido responsável pela subida dos preços do petróleo que levou ao aumento do preço dos bens e serviços. Além disso, a ameaça gerada pelo conflito levou à repatriação de muitos portugueses, assim como a queda abrupta do turismo para estes países. Assim, espera-se que o sofrimento e a coragem exigidos pela mudança anunciem um futuro promissor.



Jasmim na Primavera Árabe

Tawakel Karman, conhecida como «Iron Woman» entre o seu povo, foi a primeira mulher árabe a receber o prémio nobel da paz. Nascida a 7 de Fevereiro de 1979, a Mãe da Revolução Iemenita e co-fundadora do grupo Women Journalists Without Chains clama nos seus artigos os ideais da liberdade de opinião e expressão. Ativista dos direitos humanos, preconizou a revolta que levou à queda do regime de Abdullah Saleh.



E.T. Ares (Ana Jacinta, Ana Rita, Elvira, Guilherme, Juliana)

“10º Aniversário da Classificação do Centro Histórico de Guimarães como Património da Humanidade”


"Guimarães – cidade do mundo"


 Dando resposta ao desafio colocado pela Câmara Municipal de Guimarães, com vista à participação nas comemorações do “10º Aniversário da Classificação do Centro Histórico de Guimarães como Património da Humanidade” a equipa da biblioteca escolar da nossa escola associou-se a esta data festiva, apresentando alguns exemplos da intervenção (intra e extra muros da cidade) – na área da zona classificada e na área da zona de proteção à zona classificada – e divulgá-los à Comunidade Escolar envolvendo-a e sensibilizando-a para o que iria acontecer em 2012 com a Capital Europeia da Cultura. Como pudemos constatar, pela visita à exposição Guimarães tem sabido honrar, através dos tempos, a herança do passado e dar qualidade de vida ao momento atual, preparando o futuro dos vindouros.

                                                                                             A equipa da biblioteca

S. Valentim


“Amor às três pancadas”

No dia 14 de fevereiro, lembrando, mais uma vez, uma data especial – o dia de S. Valentim - a equipa da biblioteca decidiu marcar o dia homenageando os nossos poetas como Fernando Pessoa e Eugénio de Andrade, através da dramatização de alguns dos seus poemas. O “Amor às três pancadas” foi representado por três jovens estudantes de teatro, a Gisela Matos, a Ana Maia e a Raquel Ribeiro. A biblioteca teve, ainda, patente uma pequena exposição com os lenços dos namorados, a eterna história de Romeu e Julieta e uma coleção de livros cujo tema era o amor, nas suas múltiplas vertentes.
A equipa da biblioteca agradece o pequeno, mas belo espetáculo que nos proporcionaram e espera que, no próximo ano, possa contar com a sua presença e com uma colaboração mais efetiva dos jovens da nossa escola.

                          A equipa da biblioteca

Concurso: Declaração dos Direitos Humanos


The Universal Declaration of Human Rights

The school library in collaboration with the English and Socioeconomics Departments commemorated The Universal Declaration of Human Rights (UDHR), from 9th to 16th December, to make people aware that despite the fact this document was adopted by the United Nations General Assembly, on 10th December 1948, there are constant violations of these rights and that it is up to each one of us to guarantee that they are respected and enforced worldwide.

The lectures on the role of Amnesty International and Non-governmental Organizations in the defense of Human Rights and the projection of the films Precious (2009) and Rendition (2007), followed by discussion on the violations portrayed in each of these films, were thought specifically for 12th form students, while the writing contest “Which Human Right do I consider the most important?” and the display of the 30 articles of the Declaration (UDHR) on the Christmas tree decorating the library were open to the school community.

The rules of the writing contest stipulated that students could present texts written in Portuguese or English and that there would be a First Prize awarded for each language. Most of the students chose to write in English, which made the task of selecting the best text in this language more difficult. The jury decided to award Honorable Mention to two texts due to the quality of the writing and the views expressed by the authors.

We hope readers of the school newspaper Encontro will enjoy reading all four texts (one in Portuguese and three in English) and that they will be inspired to participate in similar activities in the future.

FIRST PRIZE

When we take a little bit of time to check the “Universal Declaration of Human Rights”, we can observe several rights, all quite different and unique, but all directed towards the same goal, which is to present humans with rights we are all supposed to possess. Thirty articles, each defending one fundamental right for our lives as human beings.

Well, I’ve been asked to talk about the human right that marks me the most and the truth is, no matter how hard I look at the list, that right will always be the one mentioned in the third article: “Everyone has the right to life, liberty and security of person”.

A total of eleven words that present us with none other than the human right that has been the most ignored throughout the entire course of human history. All we have to do is look back into the past of any nation to find this article being violated. In fact, all we have to do is watch the news to see it being violated.

Some may claim that freedom of speech, expression and religion are more important; some may be willing to sacrifice their lives in order to stay true to their beliefs, but most of the world isn’t. Aggression, rape, kidnapping, murder… many awful things are born from these, but the most relevant one is fear. Fear that you won’t see the light of day again. Fear of being hurt. Fear of not being able to see those you love ever again. Yes, fear: that is what really controls the minds of people. Those who are afraid are easy to manipulate and, by being manipulated, it’s only a matter of time until they are too scared to resist.

The Iraqi War, World War II, the Drug Wars in Rio de Janeiro, robberies, rapes, “silenced protestors”; the examples of article number three’s violations are everywhere to be seen. Only a blind man couldn’t see that, unfortunately, nowadays, money and power seem to blind far too many people.

This article marks me due to being, in my opinion, the one that should be the first fundamental right, since it’s about the very right of simply being alive! I fear that the world will continue to overvalue money and undervalue people. I fear for the day that we will no longer be safe in our own homes. I fear for the incoming doom that approaches not only Europe and the United States, but the entire world. And while so-called “responsible leaders” lead the economy and their own people into oblivion, I watch with sadness this text being ignored or being thrown away like thousands of pleas written in the past; I observe with disappointment as justice drowns in money and the world continues the same.

                            Author: Rui Miguel Ribeiro, turma 12 CT4


HONORABLE MENTION/RUNNER-UP DISTINCTION

There are thirty human rights and each and every one of them is as important as the other. In this short essay, I’m supposed to write about the one I value the most and as you can tell by my first sentence, it was not an easy choice, since they all seem equally important to me. After deliberating, I would think that the most valuable right is the first one, which tells us that we are all born free and equal.

In these next paragraphs, I’ll justify this choice of mine, but before I do that, I think we all need to understand what human rights really are. Human Rights are the fundamental rights that we are entitled to, simply by the fact of being humans. So, as you can see, they apply to everybody, no matter their race, religion or homeland.

Getting on with the justification of my choice, let’s first elaborate on this article. It tells us: “All human beings are born free and equal in dignity and rights. They are endowed with reason and conscience and should act towards one another in a spirit of brotherhood”. In my personal opinion, the most important thing this article tells us is that we should act towards one another in a spirit of brotherhood”. Just think about it for a second, how would the world be if this was practised and respected? How many of the problems in today’s world are related with envy, greed and a frantic desire of many of us trying to prove to others that we are superior to them in an unreasonable way? How can we justify discriminating someone just because they are poorer than us, don’t wear the same branded clothes some of us do, or simply, just because they are from a different race? Now tell me, wouldn’t the world be a better place if this right was respected?

I’m not saying that I’m the most correct person on the world (because I’m not), but I try to be a better person as each day passes by and so should you. And I also know that 99% percent of the people who will even take a slight look at this won’t change a thing about their lives, but you know, if you can make at least 1% change their attitude, it is actually worth it.

Be that 1% and as Mahatma Gandhi once said: “be the change you want to see in the world”. There’s still time.

                                                                                                       Author: João Fernandes, turma 12CT4
 

HONORABLE MENTION/RUNNER-UP DISTINCTION

Article 2 – “Everyone is entitled to all the rights and freedoms set forth in this Declaration, without distinction of any kind, such as race, colour, sex, language, religion, political or other opinion, national or social origin, property, birth or other status. Furthermore, no distinction shall be made on the basis of the political, jurisdictional or international status of the country or territory to which a person belongs, whether it be independent, trust, non-self-governing or under any other limitation of sovereignty.”

Declaration of Human Rights

 The Declaration of Human Rights is a very important document. I dare say that it is the most important of all documents, as it is the basis of a civilized society. I read all the articles and all the vital ingredients to live socially are set forth. I believe the second article focuses on the most precious things of living in society: the freedom of being a civilized citizen, the respect of others and to be equally respected.

According to this article, everyone must have the same rights and the same access to opportunities, regardless of their race, sex, gender, language, religion, political ideology or status. It even proclaims that we must be treated equally, even if, we may not be in the territory or country where we were born.

 Honestly, I have to say that if these rights were respected, we would be living in “a wonderful world”, as Louis Armstrong says. Unfortunately, reality is quite different from what this article states as people keep being discriminated against for all the reasons mentioned in the document.

Despite being in the 21st century, behaviours and mentalities haven’t changed that much. Many races are still ostracized; they have their rights, but they aren’t accepted as equals. We live in a society in which slavery exists in the same forms as in the past. Women are still considered in many countries as inferior human being to whom education, professional career and opinion are denied.

As regards religion, the situation is similar. There are many religions nowadays, but the followers of each one of them insist they are right and refuse to accept the veracity of the others.

Birth and status are important for many people. Sometimes, these two aspects give some citizens more opportunities to succeed.

Unless we, human beings, totally accept and respect the Declaration of Human Rights, we won’t be able to live as civilized and responsible citizens, as we are showing our inability to deal with the most precious thing we have: our humanity.

                             Author: Francisco Freitas, turma 11CT2

TEXTO VENCEDOR
Viver é mais do que existir

Hoje mais do que nunca, vivemos numa sociedade marcada pelo bem-estar e pelo prazer a qualquer preço, acabando, por vezes, esta forma de encarar a vida por atropelar sentimentos e princípios básicos como sejam a defesa da vida humana em todas as suas vertentes.
Viver. Viver engloba imensas coisas e na sua maioria coisas bem simples mas que nem todas as pessoas têm acesso. Viver é o ponto de partida para tudo, para podermos ser reconhecidos pelo que fazemos, ter liberdade de expressão, possuir uma nacionalidade, ter o direito de casar, e ainda mais coisas que ao serem enumeradas ocupariam várias páginas.   
Como podemos usufruir de todos os direitos presentes na Declaração Universal dos Direitos Humanos se não tivermos direito a uma vida? Haverá algo mais importante do que o direito à vida?
A vida é o bem mais precioso que todos nós possuímos, uma vida com direito à liberdade e à segurança pessoal. Por isto é que todas as pessoas, seja qual for a sua raça, a sua nacionalidade, o seu sexo, a sua condição económica e social, a sua orientação sexual, merecem uma vida digna, em que sejam respeitados.
Contudo, temos de ter em atenção que se ter uma vida é um direito, respeitá-la passa a ser obrigatoriamente um dever, pois só podemos engrandecer o direito à vida se cumprirmos o nosso dever. E respeitá-la é um dever que passa por diversas coisas. Não podemos tentar tirar a alguém esse direito, temos sim que ajudar todas e quaisquer pessoas a usufruir o máximo possível desse direito. Um sem-abrigo, por exemplo, merece tanto como qualquer pessoa uma vida digna e não a tem, mas é direito dele tê-la.
Então, na minha opinião, é nosso dever ajudá-lo. Além disto, e mais importante ainda, é não permitirmos homicídios nem suicídios. Estes são, no meu ponto de vista, os maiores atentados ao direito à vida, e consequentemente, aos direitos humanos. Principalmente o suicídio. Como é que uma pessoa pode acabar com a sua própria vida, recusando assim um dos maiores direitos humanos, enquanto outras lutam arduamente por possuírem esse direito, por terem uma vida? O meu pai suicidou-se e essa é uma das maiores razões para que eu considere este o direito mais importante para mim. Este foi o maior atentado e desrespeito à vida que assisti ao longo da minha vida. É, também, na minha opinião, o desrespeito pelo direito à vida o que causa maiores estragos num maior número de pessoas.
Em suma, por alguma razão, a primeira coisa que possuímos quando nascemos é a vida e só depois poderemos adquirir outras coisas como liberdade e reconhecimento. Possuímos um direito à vida intransmissível, irrenunciável e indisponível. "Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal", desde sempre para sempre, sem interrupções!
                                                                                     Autora: Sandra Clementina Salgado Pereira, nº 23, 11º CT4