quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Eles sabem que o “sonho comanda a vida”

No dia 4 de dezembro, a propósito do “Dia internacional da pessoa com deficiência”, a Cátia Silva, do 12º TMK, em colaboração com a biblioteca escolar, convidou o treinador José Costa, para falar sobre “Motivação”.
O orador começou por falar um pouco do seu percurso pessoal e profissional, já que ele próprio se viu amputado de uma perna, na sua pré-adolescência, quando sonhava ser jogador de futebol. Nascido “normal” passou a ter de se adaptar a um “novo” corpo, uma nova forma de viver. Isso não o impediu de continuar a sonhar e, sobretudo, a querer ser igual aos seus pares: a querer ser tratado, nas aulas de Educação Física como os demais, a poder participar nos diferentes exercícios e jogos. Não foi tarefa fácil! O jovem fez-se adulto…não se tornou jogador de futebol, frequentou a faculdade, a área de Gestão, mas não terminou. Foi trabalhar para uma empresa na África do Sul, depois em Moçambique, regressou. Foi a voz da rádio Fundação…o sonho do futebol? Esse permanecia. Agora, como treinador. Procurou formação, procurou clubes que o recebessem pelo seu valor, igual aos seus pares. Uma vez mais…não foi fácil! O estigma é forte. A sociedade é castradora. Mas o sonho é mais forte. Ou a MOTIVAÇÃO? O desejo de trabalhar na área em que se sente verdadeiramente realizado? A história do nosso orador é mais longa, feita de desilusões e muitas conquistas, pois ele acreditou sempre que conseguiria alcançar os seus objetivos. Para isso trabalhou, estudou, empenhou-se, não desistiu. E é exatamente por esse motivo que a sua mensagem é tão forte. Porque ela é a sua própria vida, não é uma teoria bonita, com frases encorajadoras. Como dizia alguém (que já foi treinado pelo José Costa), na plateia, para o colega do lado “quando o mister nos dava as palestras nós ganhávamos sempre”. É delicioso ouvir quão forte é o poder da palavra, e ela só é assim forte quando vem do coração. Um grande obrigada ao José Costa pela partilha que fez, pela mensagem que deixa aos jovens, de trabalho, de resiliência, de perseverança, de empenho. Afinal, e como disso no início do texto, o que o levou à escola foi o “Dia internacional da pessoa com deficiência”, mas esse foi só um pretexto, que deverá servir como ponto de partida para uma reflexão séria sobre o futuro de cada um dos jovens presentes. Parabéns à Cátia Silva por ter escolhido a temática da inclusão social para a sua Prova de Aptidão Profissional, reveladora de uma sensibilidade e uma maturidade que deveria caracterizar a sua geração.



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